Você sabe o que é a automação residencial?
Parece até coisa de filme, mas é uma realidade que está ao alcance de todo mundo na atualidade. A automação residencial, nada mais é, que o uso de tecnologias existentes dentro da sua casa, visando facilitar tarefas que antes dependiam do morador.
A chamada casa inteligente é aquela onde os sistemas eletrônicos funcionam como um só sistema, sob o controle total do proprietário, moldado aos hábitos, necessidades e gostos de quem a detém.
Essa ideia não é tão nova assim, ela surgiu na década de 1970, nos Estados Unidos, e seu objetivo inicial era automatizar os controles industriais. Nas residências, antes mesmo de existirem tecnologias como a internet e os smartphones, já havia o desejo de praticidade no dia-a-dia do lar.
Vamos conhecer mais dessa história, da sua origem à evolução que vemos hoje, focando nos benefícios da automação, e, claro, como realizá-la da forma mais eficaz.
Raízes da automação – Onde tudo começou
Em 1898, um tempo bem longe da modernidade tecnológica, Nikola Tesla desenvolveu o que seria o primeiro controle remoto. De início ele usou ondas de rádio para controlar um barco de brinquedo.
Nos anos 1900, surgiram os primeiros itens tecnológicos domésticos, como a máquina de lavar, refrigeradores e secadoras de roupa. Nessa época, vangloriava-se nessas invenções o uso da energia elétrica no contexto domiciliar.
Já na década de 1960, o engenheiro da Westinghouse, Jim Sutherland, inventou a ECHO IV, uma máquina capaz de armazenar receitas e imprimir listas de compras, que controlava eletrodomésticos da cozinha na função de liga/desliga, e podia modificar a temperatura da casa.
Claramente, essa foi a primeira tentativa de concentrar e automatizar as principais funções da residência, mas devido ao custo muito alto e seu tamanho gigantesco, ela nunca chegou a ser comercializada.
Na década de 1970, as ideias eram muitas, mas o custo continuava exorbitante. Em 1975 foi criada a X10, primeira tecnologia de rede da automação residencial, que funcionava através da comunicação por pulsos elétricos. Três anos depois, essa tecnologia já contava com um console de comandos de 16 canais, módulos de controle de lâmpada e de eletrodomésticos.
Na década de 1980, o sonho da automação começou a baratear em países como os EUA. Itens como portões automáticos de garagem, termostatos, sistemas de segurança e luzes com sensores de presença ficaram cada vez mais populares. Aliás, foi nessa época que o termo Casa Inteligente foi inventado e segue em uso até nos dias atuais.
Surge a Internet das Coisas (IoT)
Em 1990, a era da “Internet das Coisas” (IoT) começou em um estágio embrionário. Era o momento da tecnologia de conexão discada, e ainda assim, Simon Hackett e John Romkey criaram a primeira torradeira de pão controlada pela internet. Em 1996 surgiu a chaves clapper, possibilitando o acender e apagar as luzes batendo palmas.
Isso ajudou na popularização da ideia da automação residencial e a ligação com a internet e com os computadores começava a entrar em pauta.
A Microsoft apresentou uma visão da casa inteligente tão surpreendentemente precisa, incluindo dispositivos inteligentes como sistemas de segurança por câmeras conectadas, fechaduras smart e controle completo sobre a iluminação, que encantou o mundo inteiro.
Mas obviamente, foi com a popularização dos celulares, que a automatização ganhou escala global.
O que é preciso para a automação residencial?
Na atualidade, novas tecnologias continuam a surgir a todo tempo, com o objetivo de conectar diferentes equipamentos e ambientes da casa em centrais que são controladas por smartphone, tablets ou mesmo por comando de voz.
Abrangendo muitos nichos diferentes, a automação residencial já significa controle da segurança, climatização de ambientes, controle de cortinas, iluminação, irrigação de jardins, sistemas de áudio e vídeo, e muito mais.
Dessa forma, para criar a automação residencial, é preciso que os aparelhos estejam conectados a uma central de controle, que pode ser acionada por meio de diversas interfaces como smartphone, web e display touch screen.
É imprescindível, então, o uso de uma boa internet, apesar de haver a possibilidade do uso de bluetooth. A automação via conexão de internet vai aproveitar ao máximo a IoT, conectando tudo a partir do wi-fi de sua casa.
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Um planejamento de quais aparelhos você quer automatizado e conectados em sua rede vai permitir que você consiga escolher o melhor plano de internet para sua residência, a fim de ter sempre a melhor velocidade.
Tipos de automação residencial
Ela pode ser dividida em dois tipos: a automação residencial cabeada, que utiliza cabos para se comunicar com os dispositivos e equipamentos automatizados, transmitindo códigos, como “acende/apaga” para uma lâmpada, por exemplo.
Esse tipo de automação, geralmente, precisa de uma adaptação com intervenções físicas de sua residência, o que necessita de um investimento com profissionais da área.
Já a automação residencial sem fio, utiliza a rede wireless, ou seja, não utiliza cabos para funcionar. Com o surgimento das assistentes virtuais, como a Alexa, um tipo de software que responde por comandos de texto ou de voz, vemos mais uma solução estratégica para automação residencial.
Vantagens da automação residencial
Comodidade e conforto encabeçam a lista, afinal, é possível acionar uma lâmpada, ligar o ar condicionado, a irrigação do jardim ou a lareira estando longe de casa ou em qualquer lugar do mundo, mas não é só sobre isso.
A segurança é um dos benefícios indiscutíveis da automação residencial, afinal, mesmo longe da sua residência, você consegue visualizar o que está acontecendo dentro e fora dela, por meio de aplicativos de câmeras integradas ao sistema de automação.
E tem mais, com o uso da chamada “internet das coisas”, é possível programar o GPS de seu carro ou celular para que o ar condicionado seja ligado, a cafeteira prepare um café e a porta da garagem se abra, assim que você se aproximar de casa.
Além disso, quando você estiver descansando em casa e quiser assistir um filme, você pode, através da automação residencial, criar cenas inteligentes, que vão ajustar o ambiente conforme programado.
Por exemplo, uma “cena filme” vai acionar seu home theater, fechar sua persiana, apagar sua luz e climatizar seu ambiente com a temperatura mais agradável para o momento.
A sustentabilidade também está em pauta: alguns dispositivos e aplicativos podem gerenciar seu consumo de energia e até detectar onde você está gastando mais, reduzindo desperdícios de luz e até de água.
O que pode ser automatizado na minha casa?
Iluminação
Controle total sobre qualquer lâmpada da casa a qualquer hora e de forma prática, incluindo a programação de configurações pré-salvas, como “iluminação para assistir filmes” e “iluminação para festas”. Além disso, com um smartphone ou um tablet, você pode apagar ou acender as luzes à distância.
Sistema de som
Controlar as caixas de som instaladas em qualquer área da casa, desde a sala, área gourmet, quartos, piscina, até banheiros privativos. O emprego desse comando equivale também ao home theater. Obviamente você também pode controlar o volume em cada um dos ambientes.
Sistema de irrigação de jardim
Com os sensores de umidade do solo e temporizadores é possível criar a automação residencial no jardim, mantendo as plantas sempre nas condições ideais.
Na verdade, esse controle pode ser estender a todo sistema hidraúlico, estocando águas pluviais e fazendo o seu reaproveitamento na irrigação do jardim ou na lavagem de calçadas ou até mesmo no reuso da água nas descargas da casa, envolvendo automação das bombas dessas cisternas para as caixas mais elevadas.
Sistema de segurança
A segurança é uma das vertentes que mais se encontra popularizada nos dias de hoje. Divide-se em alarmes e em câmeras de segurança, cuja visualização ocorre pela internet ou por apps e possui, atualmente, um custo bem acessível. Também é possível configurar na automação residencial sensores de fumaça, sprinklers e sistemas de comunicação direta com a polícia e empresas de segurança privada.
Biometria
Em uma casa digital, cada morador possui uma chave única para entrar em casa e nos cômodos a que tem direito. As tecnologias de reconhecimento são diversas e podem ser mais invasivas ou exigir zero contato com o usuário.
E tem mais, após o morador entrar, o sistema pode agora bajulá-lo com programações de música, iluminação ou canais de televisão ao seu gosto.
Controle automatizado de cortinas e janelas
Com sensores de luz e integração ao sistema de iluminação, é possível aproveitar ao máximo a luz natural. Isso ajuda a evitar que as luzes sejam acesas em momentos desnecessários.
Controle de temperatura
Com a automação residencial é possível acionar o ar-condicionado (ou o aquecedor) antes de chegar em casa. Assim, você resfria o ar da sua casa aos poucos para alcançar a temperatura ideal.
Automação residencial para Telefonia
A tecnologia VoIP pode ser empregada dentro das casas com a função de telefones e de intercomunicadores. Reduz o custo de ligações externas, DDD, e o gerenciamento de ramais e tarifações fica mais dinâmico.
Televisão como controle
Em alguns sistemas de automação, a própria TV permite ser o controle remoto da casa. Através do Media Center, instalado no Home Cinema da casa, o morador pode utilizar um controle remoto para navegar pelo MENU da automação ou usar um teclado e mouse wireless.
É um mundo de possibilidades que não se esgotam aqui. Afinal, quando tudo pode ser controlado remotamente, nossa vida tem mais liberdade e tranquilidade.
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